Um sábio professor já me dizia: “Nós somos o confronto constante da nossa genética com as nossas próprias vontades”. Parecer com os pais em certos aspectos do caráter é torturante. Por mais que queiramos mudar parece que aquilo está irremediavelmente enraizado.
Eu sou uma soma de tais características. A maioria das que herdei me orgulham, mas existem algumas que me torturam. Vou me deter apenas as ruins, àquelas que me angustiam, pois para mim escrever é bem mais fácil quando se trata de angustia.
Herdei a passividade de minha mãe e o comodismo do meu pai. Essas duas combinadas parecem um atestado sem clausulas a meu favor de “permitido dominar”. Eu pareço que grito inconscientemente para ser dominada. Mas essa não é a minha vontade.
As pessoas acham que eu tenho que aceitar tudo, que eu tenho que entender tudo, que devo aplaudir de pé algo que nem aprovo. Mas será que é isso que acontece?
Até certo ponto é sim, é exatamente isso que acontece. Mas uma hora a minha alma não agüenta e explode na sua mais pura vontade de não ser a infinita bondade e compreensão. Meu organismo passivo acomodado parece chorar com tal atitude e os efeitos logo vêm. Lagrimas reais, tremores nas mãos... Mas sou só eu tentando me sobressair a minha genética.
Até certo ponto é sim, é exatamente isso que acontece. Mas uma hora a minha alma não agüenta e explode na sua mais pura vontade de não ser a infinita bondade e compreensão. Meu organismo passivo acomodado parece chorar com tal atitude e os efeitos logo vêm. Lagrimas reais, tremores nas mãos... Mas sou só eu tentando me sobressair a minha genética.
Eu acredito que quando desejamos algo fortemente e trabalhamos para a sua realização dia-a-dia até mesmo o seu núcleo celular pode ser corrigido.
O que nos distingue dos animais são os nossos desejos, as nossas vontades.
E eu, Camila Mota, apesar da minha genética, não quero ser dominada.
E eu, Camila Mota, apesar da minha genética, não quero ser dominada.